- Pois bem, meus caros Nintendistas, estou aqui para continuar com meus pitacos sobre assuntos recentes talvez nem tanto sobre o mundo Nintendo e desta vez, como vocês podem ver pelo título da matéria, venho para comentar sobre os Game Key Cards.
- Confesso que desde que foram anunciados como mais uma opção de distribuição e venda para as empresas, não imaginei que os Game Key Cards seriam tão bem aceitos por elas. Digo isso, pois, embora algo semelhante acontecesse com o Nintendo Switch quando se tratavam de alguns jogos específicos onde a caixinha vinha sem o cartucho e, em seu lugar, um código para download do título via eShop era disponibilizado ou casos como algumas coletâneas, onde os primeiros jogos vinham no cartucho e os demais teriam que ser baixados através de códigos na loja virtual, sua adesão era bem baixa e a maioria das empresas optava por colocar o jogo todo no cartuchinho.
- No entanto, parece que muitas empresas acharam o máximo a ideia do Game Key Card e, por alguns motivos que já já vou citar, aderiram em massa a essa nova proposta, gerando assim um tremendo rebuliço entre os fãs da Nintendo na internet. Essa história acabou deixando muitos jogadores de cabelo em pé, afinal, desde que vieram com essa ideia de que quando compramos um jogo ele não se torna realmente nosso, que o que compramos, na verdade, é só uma licença de uso, muitas pessoas optaram por pegar seus jogos favoritos em mídia física não só por que queriam preservar o jogo, mas por colecionismo, embora muitos deles ainda optem por esse formato por poderem emprestar ou revender os títulos futuramente.
- Porém, a chegada dos Game Key Cards, que tiveram uma aceitação enorme pelas grandes empresas, acabou por abalar o universo gamer da Nintendo, ao menos entre os grandes apreciadores de mídias físicas como eu. Dito isso, antes de lhes dar a minha opinião sobre o assunto, vou colocar abaixo os principais motivos alegados por elas para justificar o uso desse tipo de "mídia física", que são:
Economia
- Não é de hoje que sabemos que esses cartuchinhos não são tão baratos e que muitas empresas não dispõe de tal orçamento ou simplesmente se recusam a gastar tanto dinheiro com uma mídia física se com a digital eles não teriam esse problema.
- Cartuchos físicos com alta capacidade são caros: Quanto maior o tamanho do jogo, mais caro é produzir o cartucho. Jogos como Cyberpunk 2077, com cerca de 64 GB, exigem cartuchos mais caros, enquanto Game key cards são apenas cartões com códigos: Eles não armazenam o jogo em si, apenas uma chave que dá boot no jogo após ter sido baixado em seu console.
- Sendo assim, até mesmo empresas menores poderiam apostar nas mídias físicas, uma vez que optariam pelo cartucho mais barato, ou seja, o de menor capacidade, para lançar seus jogos neste formato.
Velocidade de processamento
- Outro motivo apontado pelas empresas é que com o jogo instalado na memória interna do console ou em seu Micro SDXC Express a velocidade de inicialização, telas de carregamento e desempenho num geral seriam melhores e mais rápidos do que se estivessem no cartucho, o que levaria uma experiência muito melhor aos jogadores.
Uma barreira a mais contra a pirataria
- Todo mundo sabe, ou não, que um dos principais fatores que colaboram com a pirataria hoje em dia são os vazamentos de jogos antes de seu lançamento oficial pelas empresas, a própria Nintendo já sofreu e ainda sofre com isso atualmente.
- Isso ocorre porque as mídias físicas devem ser distribuídas entre os varejistas antes do lançamento oficial do jogo, para garantir o acesso Day One ao jogo para aqueles que fizeram a pré-venda.
- Só que aí temos um problema: Sempre tem um idiota que vaza essas mídias antes do lançamento e disponibilizam a ROM de forma clandestina e gratuita na internet, o que não acontece com os lançamentos digitais, uma vez que o seu download só é liberado no dia exato do lançamento do jogo.
- Então, pensando em garantir uma proteção a mais contra vazamentos e pirataria, elas têm optado em massa pelos Game Key Cards.
Principais características preservadas
- Mesmo os jogos não estando dentro dos cartuchos, ainda é possível emprestar e revender a "mídia física" se assim os jogadores quiserem, pois apesar de necessitar que o download do jogo seja feito, ele não fica vinculado á conta do usuário, permitindo que as características acima citadas sejam preservadas.
Por fim, mas não menos importante, minha opinião
- Bem, como grande apreciador e colecionador de mídias físicas, devo dizer que fiquei, sinceramente, muito chateado e acho uma pena que as coisas tenham se encaminhado para este lado e vou dizer o por que comentando cada tópico apontado pelas empresas como justificativa para tal.
Economia: Aqui temos o que acredito ser o principal motivo pelo qual elas passaram a optar pelos Game Key Cards e, de fato, não tem como negar que financeiramente falando esse novo modelo seja mais econômico, mas será que essa economia valeu a pena? Porque, vejam bem, digamos que elas economizassem um milhão em custos de produção, será que iriam conseguir vender tão bem quanto as mídias físicas tradicionais ao ponto de conseguirem realmente maximizarem seus lucros e economizarem realmente esse dinheiro?
- Porque sejamos sinceros, eu recebo muitos jogos para revisar e quando gosto muito de algum deles, faço questão de comprar a mídia física para apoiar os desenvolvedores, mas recentemente me decepcionei com essa adesão em massa aos Game Key Cards. Eu pretendia comprar a mídia física do Star Wars Outlaws e do Cronos: The New Dawn, mas infelizmente tive que desistir, pois ambas adotaram essa nova forma de mídia, o que é uma pena.
- Dito isso, sei que não sou o único a pensar que: "se for pra ter que fazer o download do jogo, antes comprarmos a mídia digital" e vi, inclusive, alguns youtubers falando que de fato os Game Key Cards não fizeram tanto sucesso, tendo isso refletido em suas vendas, que foram abaixo do esperado.
- Obvio que quando o jogo realmente não cabe dentro do cartucho, essa seria uma opção viável para muitos deles, mas não a melhor, já que poderiam gastar um pouquinho a mais para adquirir um cartucho com capacidade maior. O lucro seria um pouco menor por unidade? Sim, mas com certeza seria compensado com o número de cópias físicas vendidas em todo o globo.
Velocidade de processamento: Bem, não vou generalizar (até porque, com certeza existem por aí pessoas que realmente não sabem disso), mas, acredito eu, que pelo menos a grande maioria dos jogadores que consomem as mídias físicas sabem perfeitamente que a velocidade de leitura dos jogos em cartucho é mais lenta do que se estivessem na memória interna do console ou em seu micro SDXC e mesmo assim continuam a compra-las, então não haveria o mínimo de sentido querer justificar a adesão aos Game Key Cards com a velocidade de leitura dos jogos, certo? Para mim, isso não passa de uma desculpa para empurrar goela abaixo esse novo modelo de mídia que não está sendo bem aceita.
Barreira a mais contra a pirataria: Aqui, temos um ponto interessante, pois este novo formato realmente dificulta vazamentos e consequentemente a pirataria de muitos jogos, isso é inegável, mas será que vale a pena? Digo isso porque mesmo após essa adesão, os jogos continuaram a ser pirateados. Eles podem demorar um pouco mais para serem disponibilizados de forma gratuita em sites espalhados pela internet, mas continuam a ser pirateados e, agora, além das vendas perdidas devido a isso, as empresas também tem que lidar com as perdas em vendas em mídias físicas por estarem adotando os Game Key Cards.
- O que posso dizer é que essa mudança realmente tem um propósito nobre, mas no fim, infelizmente, não resolve definitivamente o problema. Isso a médio e longo prazo pode causar um prejuízo ainda maior aos bolsos das desenvolvedoras, pois além de estarem perdendo as vendas em cima do produto que já foi pirateado, ainda estarão causando a insatisfação dos jogadores que são colecionadores, fazendo com que os mesmos acabem desistindo de uma possível mídia física por simplesmente se recusarem a pagar o valor do jogo num cartucho vazio, só com a ativação.
Principais características preservadas: Esse modelo de mídia de fato manteve algumas características da tradicional, como poder emprestar ou revender os jogos comprados, mas o principal foi perdido: A preservação do jogo.
- Isso porque, com o título inteiro dentro do cartucho não precisamos nos preocupar com ter ou não internet para fazer o download e nem se teremos espaço ou não para instalarmos, além de garantirmos o jogo por tempo indeterminado num futuro onde ele não esteja mais disponível para download de forma legal para podermos jogar.
- Então, se você é desenvolvedor, por favor, não opte pelos Game Key Cards, optem sempre por colocar o jogo todo no cartuchinho. Sei que, economicamente falando, esse novo modelo parece mais vantajoso num primeiro momento, mas futuramente ele pode acabar causando um prejuízo significativo nos bolsos de vocês e ainda com o plus de gerar insatisfação por boa parte dos jogadores que adoram mídias físicas.
- Agora, se você for um colecionista apaixonado por mídias físicas assim como eu, não acho tão interessante o investimento, pois a principal vantagem dela foi simplesmente retirada. Quanto aos jogadores comuns, que não colecionam, os Game Key Cards continuam a ser uma boa opção, mas só se vocês não fazerem tanta questão de ter o jogo e forem passar para frente assim que terminarem de jogar.
- Bem, essa foi a minha opinião sobre o caso, agora, gostaria de saber o que vocês acharam dela: Concordam ou discordam? Deixem aí nos comentários, pois a opinião de vocês também é muito importante para mim!
Fonte: Própria
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